domingo, 23 de agosto de 2020

CONCEIÇÃO APARECIDA SUA HISTÓRIA E SUA GENTE

 É um livro que narra a história da cidade de meus antepassados. Não sou historiadora e nem é esta a intenção. Escrevo com carinho, simpliscidade e com ares de poesia, uma história real e encantadora que se passou no interior de Minas Gerais, dando origem à cidade de Conceição Aparecida. A leitura é agradável como uma conversa entre amigos.

        


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O INÍCIO
 
             Tudo começou em 1812, com a vinda de três escravos fugitivos que vieram habitar nesta região; aqui chegando descobriram vestígios de ouro e voltaram ao seu senhor com a notícia, pedindo em troca o perdão pela falta que cometeram ao fugir. O senhor veio se estabelecer aqui e observando que o garimpo não correspondia com a quantidade pretendida, abandonou-o voltando a seu lugar de origem.
           Em 1851, Alferes José Alves Ferreira comprou o direito de posse dessas terras e trouxe toda sua família para morar na Fazenda Povoação. Seu filho, João da Mata Ferreira[1] estava com, apenas oito dias de vida. 
             Assim começou a vir mais pessoas dando início à pequena comunidade que foi chamada "Povoação". Com a chegada de outros moradores que adquiriram também seus direitos de posse, concluíram que seria possível a formação de uma cidade, a qual se iniciou com doações de terrenos para Igreja. 
                Quem levantou a ideia de doar terras para a santa, foi Dona Mariana Francisca do Amaral, conhecida como "Mariana Campina" que, juntamente com seu filho Joaquim, doou quatro alqueires de terra, Alferes José Alves Ferreira doou dez alqueires, o Ten.-Cel. José da Silva Figueiredo doou trinta e, assim, se iniciou as doações de terrenos para a igreja (paróquia) que administraria aquele povoado.
           Depois houve mais doações constando de 108 hectares e 90 ares de terra o patrimônio local que foi doado por diversas pessoas de agosto a outubro de 1870, denominado Cachoeira do Espírito Santo. Foi dado esse nome devido à existência de uma cachoeira, no córrego Espírito Santo, na Marreca, que passa pelo território. Antes de a primeira capela ficar pronta, seu nome era Cachoeira da Aparecida. 
 Mais tarde, em 1871, passou a denominar-se Conceição Aparecida em virtude de uma promessa feita por um dos doadores dos terrenos a Nossa Senhora Aparecida.
Muito mais para cultivar a terra do que pesquisar ouro e diamantes, foi o motivo pelo qual vieram os primeiros habitantes que contribuíram e oficializaram a doação de terras para a igreja, entre eles: Alferes José Alves Ferreira, Antônio Ferreira Peixoto, Joaquim Ferreira de Carvalho, José Carlos da Silva, Severino José de Almeida, Carlos José de Almeida, Antônio Jacinto Carlos, Felisberto Antônio Borba, José Ferreira Vianna, Vicente José de Almeida, e Ten.-Cel. José da Silva Figueiredo bem como suas famílias. Esses pioneiros se dedicaram, inicialmente, à agricultura e à pecuária.  

            Quem liderava o grupo de pessoas para a formação da vila, era o Ten.-Cel. José da Silva Figueiredo, homem de prestígio e muita influência. Foi ele quem encomendou de Portugal, as primeiras imagens entronizadas na capela, para a cerimônia da primeira missa. Em 22 de julho de 1872 partiu da fazenda do Macuco uma procissão com o andor de Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem vinda de Portugal, sob a encomenda do Barão do Carmo, se entronizava na Capela do arraial, quando foi celebrada a Primeira Missa pelo padre Jones Nery de Toledo Lion, vigário de Carmo do Rio Claro.
            A 06 de dezembro de 1879 a Capela de Nossa Senhora da Conceição Aparecida se eleva a categoria de Freguesia. Após três anos, em 1º de agosto de 1882 é a elevação da antiga capela à Paróquia pela provisão dada e passada na Câmara Episcopal de São Paulo, cumprindo a Lei nº. 2.544 de 06/Dez/1879, da Assembléia Legislativa da Província de Minas Gerais. É a mesma Lei que a elevou a Freguesia.

 
            Conta-se que o cognome Barro Preto se originou quando um Padre, vindo de São Joaquim da Serra Negra, sofreu uma queda de seu cavalo, sujando de um barro muito escuro e os moradores da localidade ao saberem do fato, passaram a chamá-la de Barro Preto.
Mas a realidade desse apelido, vem dos tropeiros que comercializavam mercadorias vindas à vapor pelo Rio Sapucaí e aportavam no chamado Porto Carrito, próximo a Carmo do Rio Claro. Estes, quando a caminho da Estação Ferroviária de Movimento, entre Alterosa e Areado, tinham como referência de encontros, uma hospedaria no local conhecido por Barro Preto, devido a cor escura de um lamaçal predominante nas proximidades do ribeirão Jacutinga. Provavelmente, a característica escura desse barro, deve-se ao manganês presente nos barrancos e nas proximidades do ribeirão. No período das chuvas, o pó escuro do mineral é levado pelas águas e depositado no leito do rio.
 
  
            Tornando cidade, inicia-se a grande luta para sua emancipação, quando em 19 de abril de 1934, registra-se a chegada do Padre José Antônio Pannuci, um dos principais líderes e coordenador do movimento emancipacionista. Por duas vezes a emancipação foi negada, devido à resistência carmelitana. Mas com a persistência do povo aparecidense, a luta continuou até 11 de dezembro de 1943, o Interventor de Minas Gerais, Dr. Benedito Valadares Ribeiro, assina o Decreto de Emancipação.
              No conjunto de uma população toda ela voltada para o seu desejo máximo, a sua autonomia; cinco nomes de homens progressistas estavam presentes nesse cenário: Revmo. Padre José Antônio Panucci, Dr. Antônio de Oliveira Fabrino, Farmacêutico João Barbosa Sobrinho, Pedro de Almeida Magalhães e José de Oliveira Fabrino. Este último, foi indicado para ser o primeiro prefeito do município, mas não deu certo devido  à problemas de política local. 
              Aos 17 dias do mesmo mês foi aclamado o nome do Sr. João Barbosa Sobrinho, para primeiro Prefeito do município. Aos 31 dias do mês de dezembro de 1943, foi criado o Município pelo Decreto  Lei nº. 1058. No dia 1º de janeiro de 1944 foi instalado, oficialmente o Município de CONCEIÇÃO APARECIDA. 


 
[1] Faleceu em 1944, com noventa e três anos de idade. (N.A.)

(Do livro Conceição Aparecida Sua História e Sua Gente)


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